I
o ar tensiona
a ausência de
passagens aparentes,
o que sobrou
na espessura as
reminiscências
de um lilás opaco
II
tudo marulha num
laranja repentino sob
o azul forte quando
olho para trás
III
agora o laranja esvai-se com a força
que se despende quando
uma despedida que não se trama
surda pelo que não consegue
deter
o ruído cinza, branco, sua espessura,
bramindo, oculta as
vibrações do
neon amanhecido
IV
agora vêm súbitas as
antigas acepções, suas matizes, o mesmo
lilás intentando fugas
antecedem o que vibra
laranja repentino sob
o azul forte quando
olho para trás
III
agora o laranja esvai-se com a força
que se despende quando
uma despedida que não se trama
surda pelo que não consegue
deter
o ruído cinza, branco, sua espessura,
bramindo, oculta as
vibrações do
neon amanhecido
IV
agora vêm súbitas as
antigas acepções, suas matizes, o mesmo
lilás intentando fugas
antecedem o que vibra
V
tudo nubla
(amanhecendo em Ribeirão Preto)
.
(amanhecendo em Ribeirão Preto)
.
3 comentários:
quanto tempo não venho aqui Bruno, vejo progressos - não sei se na minha leitura ou na sua escrita... mas isso me parece bonito
explosão de cores, deve ser bonito o teu Ribeirão
é Bruno, o Eliot sabia como exorcizar os seus fantasmas... concordo contigo, mas o problema é que a nossa personalidade é construída de fora pra dentro, com o discurso do mundo. acho que é mais ou menos como uma comida que a gente come e depois regurgita.
aliás, falo um pouco sobre isso (de forma oblíqua, há que se dizer) num poema que acabei de postar no comtexturas.
obrigado pelos comentários!
abs
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