lembrar das noites frias nos pés descalços
- a meia na gaveta, os tacos ameaçando
estrepes. lembrar
da porta de correr
da varanda refletindo a cidade
em constelação
nos móveis da sala
e de djavan toda manhã
pedindo a são jorge o dragão
até enjoar
não conhecia
a carolina, nem sabia
o que se entende por uma
honey baby
barriga no chão pra desenhar qualquer
abstração do que já entendia sobre estar
vivo. os sulfites preenchidos
em tempo recorde
até que a barriga doesse de tanto desenho, cor-de-rosa
de tanto chão
então vinha a fome, e eu lavava as mãos
com um sorriso no rosto
Um comentário:
Caramba, como o poema e a música se encaixaram perfeitamente... sem palavras
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