"Sou gêmeo de mim e tudo/ O que sou é/ Distância./ ..."
(Daniel Faria)

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30 de jun. de 2010

poema na margem do caderno de História


panorâmica

os vértices do poema
desafiá-los. como
distender
ruas que se cruzem ou
trenas dobráveis
- atentar ao
zigue-zague -
não ousar
amaciantes: que seja
esta colagem
muito estreita
ou em grande angular:
a vista
percorrida pela
esperança das esquinas quando
se dobram

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3 comentários:

Anônimo disse...

nossa, estou estarrecida. fiquei completamente apaixonada pelo: "não ousar/amaciantes". inesperado, mas, ao mesmo tempo, tão natural.
(haha, você também nas margens de cadernos? eu, no entanto, jamais deixaria de prestar atenção às aulas de história - são minhas preferidas)

Flávia Santos disse...

gosto.

João Lima disse...

eu lembro o quanto essas horas de aula eram inspiradoras... rsrs boa, bruno!

ps: respondendo à sua pergunta, não conheço muitos poetas jovens e inspirados como você... e a clara foi uma feliz descoberta.

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foto de Damien Peyret

arquivo