"Sou gêmeo de mim e tudo/ O que sou é/ Distância./ ..."
(Daniel Faria)

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27 de mai. de 2011

superstição

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varrer
todos os fiapos
das meias grossas
- e o pó em coágulos
e o mofo -
pro inverno
principalmente os que ficaram
incorruptiveis
viscejando os tacos
a truncar
rupturas
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3 comentários:

Bruno disse...

Morri pro mundo
Porque não sou terno
Sou pedaços de inverno

Antes branco
Agora sujo

Anônimo disse...

vc escreve tudo em minúsculas, como eu. me implicaram tanto por isso, que comecei a escrever que nem gente inteligente. penso em abandonar de vez a arrogância dos maiúsculos e másculos.

Bruno de Abreu disse...

oi amanda, nem tinha te respondido... então, no meu caso, gosto de ver os poemas de forma seriada, por isso opto quase sempre por minúsculas. acho as maiúsculas interessantíssimas
pra usar pelo meio do poema pra enfatizar palavras (isso tem um nome que eu não lembro...). é legal usá-las também quando quero dar um ar formal/ sério/ profético até, pra logo depos desconstrui-lo. acho divertido mexer com isso, nada pra se implicar, não é?

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foto de Damien Peyret

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